quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CAMPECHE URGENTE!!!


E vem mais uma bomba!!!
Foram dezenas as denúncias!!!
Derrubaram o Bar do Seu Chico sob alegação do mesmo encontrar-se em área protegida... Muito bem, o empreendimento "Essence" iniciou a construção de uma passarela até a praia e, pelo que foi apurado, iriam construir um deck, lá também!
Por que será que tiraram o bar do seu Chico de lá?
Coincidência?
Construção da passarela e deck planejados para o local onde ficava o bar do Seu Chico e nas dunas, respectivamente!
Após denúncias e protestos, o material foi todo retirado do local!
ANTENA EM ESTADO DE ALERTA!!!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A MANIPULAÇÃO, SEGUNDO CHOMSKY


A MANIPULAÇÃO, SEGUNDO CHOMSKY

O lingüista estadunidense Noam Chomsky, que se define politicamente como companheiro de viagem” da tradição anarquista, é considerado um dos maiores intelectuais da atualidade. Entre outros estudos, ele elaborou excelentes livros e textos sobre o papel dos meios de comunicação no sistema capitalista. É dele a clássica frase de que “a propaganda representa para a democracia aquilo que o cassetete significa para o estado totalitário”. No didático artigo abaixo, Chomsky lista as “10 estratégias de manipulação” das elites governantes. Vale a penar ler e reler:

1- A estratégica da distração.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

2- Crias problemas, depois oferecer soluções.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o  retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A estratégia da degradação.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.

4- A estratégica do deferido.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que?

“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- Manter o público na ignorância e na mediocridade.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

8- Promover ao público a ser complacente na mediocridade.

Promover ao público a achar “cool” pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- Reforçar a revolta pela culpabilidade.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!

10- Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

sábado, 8 de janeiro de 2011


PRATO DO DIA

Entrada: O sistema capitalista eco-rapinador

Prato quente: A elite burguesa e sua governança mundial

Acompanhamentos: aguçar a análise crítica, fortalecer a atitude emancipatória e a rebeldia prática

Cachacinha: Fazer troça do estilo de vida burguês, denunciar boçais, patifes de todo tipo e estirpe, eco-rapinadores bípedes, mamíferos, com dedo polegar e indicador em forma de pinça que perambulam no planeta com o único propósito de destruí-lo (com esmero) quando em vida.

Sobremesa: denunciar certos políticos que tratam a todos como debilóides, infantilóides, babacas, os quais, a despeito de todas as advertências, votam naqueles que assim os tratam. Círculo vicioso em modo “perpetuo-mobile”, perfeito para perpetuar o sistema capitalista.

Minha curiosidade investigativa sobre essa quase perfeita “matriz de dominação” pretende aguçar a análise crítica, fortalecer a atitude emancipatória e a rebeldia prática em cada pessoa que transita por este espaço. Não é tarefa fácil, virtualmente inalcançável.
Como ecologista de carteirinha há 37 anos dentre os 55 de idade, posso me dar ao luxo de exagerar volta e meia, apresentar alguma hipérbole googleiforme, trazer alguma piadinha, especialmente em se tratando dos “políticos profissionais”, categoria corporativa auto-alçada à beneficiária vitalícia do INSS, e fazer desse espaço um libelo de denúncia constante e perspicaz ao “desenvolvimento sustentável”, avatar capitalista sobre o qual se assenta o modelo de produção global.
Em seu lugar, difundir e aprimorar o “desenvolvimento ecologicamente orientado”, conceito fundante de um novo modelo de desenvolvimento, valores comportamentais e estilo de vida que o Planeta possa suportar permanentemente. Hoje é tudo o contrário disso em marcha acelerada.
E fazer isso, incomoda muita gente, pois a verdade sempre parece doer. Com diz aquele ditado popular: a pessoa fica mais furiosa com o sujeito que lhe denunciou a traição do(a) amante, do que com ele(a) que traiu.
Essa “condição humana” também se faz sentir na eco-política, pois terreno viscoso que não está imune às maneirices da política tradicional, ao mesmo tempo que procura manter-se firme no terreno ético que se assenta no conhecimento científico e histórico da evolução da vida e da sociedade. O desafio está em “não cair em tentação” às iscas lançadas pelo sistema de dominação burguês, incansável no aliciamento, na cooptação, na sedução ao poder, ao dinheiro, ao glamour, à fama...
Também publicarei artigos assinados que venham a somar na discussão e denúncia contra o sistema predador capitalista e que estejam afinados com o pensamento ecológico para sua superação. Fiquem à vontade.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

"Cuidado com aquele que tem a língua doce e uma espada na cintura. Um inimigo declarado é perigoso, mas um falso amigo é pior."


'O presidente esteve a ponto de se tornar um autoritário'- ESP- 31 de dezembro de 2010 | 23h 11




Chico Oliveira, sociólogo aposentado da USP
Qual leitura o sr. faz dos oito anos do presidente Lula?
O balanço geral é mediano. Essa história de "nunca antes neste país" 
é conversa fiada. O Brasil foi a segunda economia mundial a crescer 
sustentadamente durante um século. Mas foi um crescimento 
feito sem nenhuma distribuição de renda. A gestão do presidente
 Lula não diminuiu desigualdade nenhuma, isso é lenda criada 
a partir de muita propaganda. O que houve foi uma transferência
 de renda a partir do governo para os estratos mais pobres. 
Distribuição ocorre quando existe a mudança da renda de uma classe
 social para outra. Nesse sentido, não houve nenhum avanço.
O sr. concorda com os que afirmam que Lula é um mito?
Sim, e como acontece em todos os casos o mito é maior do que
 a realidade. Ele construiu um mito poderoso devido a vários 
fatores, entre os quais, conta o muito o fato de ele ser de 
origem pobre. Até hoje o presidente é considerado um operário,
 mas não pega em uma ferramenta há 50 anos. Isso o ajuda a
 fomentar uma figura.
E o Bolsa-Família?
Nós fomos educados na ética cristã, que nos impede de sermos
indiferentes à fome. Então, ninguém pode ser contra. Agora, 
politicamente, o programa diz que o crescimento econômico 
continua sendo excludente, que é preciso algo por fora do salário
para dar condições de vida às pessoas. Outro fator grave é que
ele é uma regressão, uma volta à política personalista, baseada
no favor, algo ruim da tradição brasileira.
André Singer, cientista político e ex-assessor de Lula na 
Presidência, compara os anos Lula aos de Roosevelt
(presidente dos EUA entre 1933 e 1945 e recuperou a 
economia daquele país). O senhor concorda?
Respeito muito o André como intelectual. Ele elevou o nível de 
debate no PT. Mas acho que há um equívoco da parte dele. Lula
 não pegou o País em uma grave crise. Os anos do ex-
presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) não foram
gloriosos, mas não foram de quebradeira, de jeito nenhum. Roosevelt
pegou os EUA no fundo da crise. Além disso, o André se esquece
de que Roosevelt acabou com o trabalhismo americano. Entre as 
grandes democracias do mundo, a única na qual os trabalhadores
 não têm um partido é a dos EUA.
O sr. vê traços autocráticos no presidente Lula?
Montado nessa popularidade, ele exagerou. O presidente esteve
à beira de se tornar autoritário. Foi além dos limites. Só duas
pessoas no século 20 disseram, como ele, que eram a encarnação
do povo: Adolf Hitler e Joseph Stalin.
Lula e o PT chegaram ao Planalto fazendo um discurso forte 
contra a corrupção. O sr. se decepcionou nesse quesito?
O poder absoluto corrompe muito. O presidente do Brasil pode 
nomear muitos cargos. Não há partido que resista a uma coisa 
dessas. O PT se perdeu no poder, ficou menor do que o
presidente e não consegue impor seu programa. Lula e o PT 
tem um estilo predatório de administrar o Estado e lidar com as 
finanças públicas.
Lula foi melhor do que Fernando Henrique Cardoso?
Fui muito amigo do Fernando Henrique durante 12 anos e nos 
afastamos quando ele virou presidente. Fui revê-lo depois que ele 
deixou Brasília. Sei quem ele é e já fiz essa comparação. Fernando 
Henrique fez muito mal ao Estado com as privatizações. Ele, 
com isso, quebrou a capacidade de o Estado regular a 
economia, quebrou alguns instrumentos construídos com o sacrifício
do povo para que o Estado pudesse intervir na economia. 
Mas tentou avançar institucionalmente, e essa é a grande diferença
entre eles. O Lula não tem uma criação institucional. A República 
não avançou um milímetro com Lula. O que é celebrado na 
gestão Lula não se transformou em regra. Getúlio Vargas (ditador e 
presidente do Brasil de 1930 a 1945 e presidente de 1951 a 1954), 
quando criou as leis trabalhistas, obrigou as empresas a seguirem
as regras da nova legalidade, que significavam uma nova 
hegemonia. A sociedade caminha pela luta de classes dentro dos 
caminhos que a hegemonia cria. Não ocorreu isso com Lula.
Mas e o aumento do salário mínimo não é um avanço?
Não, é um processo da economia, nada está garantido. Se amanhã
a economia der para trás, o salário mínimo que se dane, não é
um avanço. O salário mínimo do Juscelino Kubitschek (presidente 
entre 1956 e 1961) chegou, em valores de hoje, a R$ 1.500, e caiu 
porque as forças do trabalho não tiveram capacidade de sustentá-lo
 e porque logo depois viriam os governos militares. Avanços são
direitos. Para ficar na história como um estadista, não apenas
como um presidente popular, Lula deveria ter transformado, por 
exemplo, o Bolsa-Família em legislação constitucional. Não fez
 reformas. O Lula não é um estadista, de jeito nenhum. Ele não 
é aquele que constrói instituições que significam uma nova hegemonia.
O sr. estava entre os fundadores do PT... *
Isso de fundador não faz muita diferença. Muita gente estava na fundação
do partido (no colégio Sion, em São Paulo, em 1980) e depois nunca 
mais apareceu. O que interessa é a militância, e eu fui militante.
Como o sr. acha que a era Lula ficará para a História?
Se os historiadores tiverem juízo, ele será lido como o presidente mais
privatizante da história. Ele não é estatizante, isso é falso, uma lenda
que a imprensa inventou e que ele usa como arma. Ele é
privatizante no sentido de estar criando regras para que poucos
grupos controlem a economia brasileira, usando o BNDES 
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para isso.
Com Lula, nós estamos entrando naquilo que a teoria marxista chamava
de capitalismo monopolista de estado, do qual não há volta. Todas as
vezes que essas forças crescem, as dos trabalhadores diminuem. É 
esse país que ele vai legar para a Dilma.
Diante da alta popularidade de Lula, o sr. se arrepende de ter saído 
do PT? **
De jeito nenhum. Esse negócio de popularidade é como maré, vai e volta.
QUEM É
Chico de Oliveira é professor aposentado de sociologia da Universidade 
de São Paulo, da qual recebeu o título de professor emérito, e foi um dos
fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Entre seus
livros, destaca-se Crítica à Razão Dualista.

 Nota do blogger:
*: Gert Schinke também esteve no Colégio Sion em 1980, como
delegado do Movimento Pró-PT do RS, e continua militante até 
hoje em vários movimentos sociais. Saiu do PT em 1991 e atualmente
é filiado ao PSOL.
**: Gert Schinke jamais se “arrependeu” de ter saído do PT, sendo 
que após sua desfiliação àquele partido, houve intensa campanha
de difamação sobre sua pessoa em Porto Alegre e região, com 
a produção de dossiê, culminando com perseguição 
política até bem recentemente por via de sua demissão do
BESC em 2005, patrocinada pelos dirigentes locais do PT
em retaliação à sua resistência em corroborar projetos
sociais duvidosos à entidades ligadas ao partido em SC.